Este blog foi criado com o intuito de compartilhar vivências e experiências que permeiam o fascinante universo das histórias, é mais um espaço destinado a compartilharmos novas pesquisas e divulgarmos nossos trabalhos.
domingo, 25 de novembro de 2012
Esta é a outra história sobre o tema culturas africanas.
2ª
História Koumba e o tambor Diambê - De
Madu costa
Koumba
toca diambê, o diambê toca o coração de Koumba, a música forte do tambor invade
a casa de Koumba, invade as ruas e as cidades, viaja nas ondas do mar.
Koumba
escuta a canção do tambor, é a canção do povo negro, canção que veio da áfrica
e ecoou por todo canto do planeta. O diambê toca a música da liberdade, Koumba
tem pressa.
É
tarde.... é tarde... acorda, minha gente! É hora de cantar a igualdade, e hora
de curtir as diferenças, é hora de quebrar as correntes do preconceito racial.
Koumba toca seu diambê e cria nele um novo tom...
domingo, 18 de novembro de 2012
Descrevendo sobre o Projeto 'Histórias Aromas e Sabores"
O Projeto de minha
autoria “Histórias Aromas e Sabores” com a nomenclatura (H. A. S). não se concretiza apenas em
situações de ensino/aprendizagem, envolve também outros tipos de práticas
sociais extraescolares.
Em
uma breve explanação, o Projeto H.A. S surgiu a partir da compreensão de que o
mundo da leitura e da escrita não acontece desvinculado de outras práticas
sociais E, por outro lado, da necessidade de fazer
conexão com estes universos por meio de narrativas orais que têm na perspectiva
da linguagem seu objeto de pesquisa analisado sob diferentes prismas.
Destaco a significativa experiência que vivencio como professora regente de sala de aula, como contadora de história e como pessoa humana. Exploro a contação de história como processo dinamizador e difusor da leitura e da escrita por meio da oralidade, como importante instrumento no desenvolvimento cognitivo, social e cultural.
O Projeto surgiu em
julho de 2010 quando atuava na Biblioteca Pública Municipal “Juscelino
Kubitscheck”, em Uberlândia, Minas Gerais, onde ministrava oficinas
pedagógicas. A instituição disponibiliza um curso para formação de contadores
de histórias: Núcleo dos contadores de historias “Cirandando” do qual eu fazia
parte.
Na biblioteca já existe
contadores de histórias, mas percebi a necessidade em ampliar este universo,
fazer o resgate por meio da oralidade, as memórias, as vivências de ouvir e
contar histórias, contos antigos, histórias esquecidas em fundos de baús, e
pela preocupação da ausência em se explorar o universo da contação de história
como suporte primordial no processo de fomento à leitura e escrita por meio da
oralidade nas escolas; outra questão instigante está em percebermos o contador
de histórias como um elo importante no processo de ensino/aprendizagem parte
integrante do universo da literatura e componente essencial de valorização aos
bens culturais.
Escrevi o Projeto H.A.S
apresentei a minhas coordenadoras que me incentivaram muito, sou muito grata as minhas companheiras e incentivadoras Márcia Gonçalves e Denise Carvalho, que deu o pontapé
inicial de tudo. Desde então, venho desenvolvendo esse projeto por onde quer que eu atue.
Atualmente moro em Osasco e leciono em Barueri e Carapicuiba.
O projeto conta com um música de minha autoria que canto no inicio e no final das apresentações.
Começa assim:
"Essa é uma história que eu vou contar pra vocês, me conta que eu te conto, era uma vez...
Histórias tão divertidas , histórias cheias de amor, histórias coloridas cheias de Aroma e Sabor.
assim, assim, assim já vai começar, assim, assim, assssimmmmmm já vai começar......
Era uma vez.... era uma vez...
No final encerro com a mesma música só finalizo. Assim, assim... assim.. já terminouuuuu.
Utilizo figurino, cenário, banner, tapete em sua maioria todos feitos por mim, o Projeto tem uma estreita relação com as questões do meio ambiente por isso os materiais utilizados são todos reciclados e materiais alternativos, sendo assim trabalho a contação de história e também questões do meio ambiente.
Estou postando algumas fotos dos fantoches, figurino etc, feito com estes materiais reciclados.
Cenário feito de caixa de fogão com três lados diferentes, que se torna três cenários em um só, baú de caixa de papelão
Cortininha de fuxicos grandes, camaleão de feltro e sianinha, boneca de luvas de limpeza, e a outra parte do mesmo cenário que está na foto acima.
Terceira parte do cenário, e eu trajando um dos meus figurinos
Uma excelente coleção que acabei de ler e indico para quem deseja trabalhar acerca das questões e contribuições dos povos africanos, é a Coleção Griot Mirim- editora Mazza Edições.
Os griots são contadores de histórias que representam muito bem o povo africano, eles contam as histórias de seus antepassados para que se mantenham vivos os saberes acumulados de um povo, utilizam da oralidade para transmitir seus ensinamentos.
São quatro livros que reúnem histórias das gerações passadas dos povos africanos: suas vivências, lutas, questões pertinentes a identidade, etc.
Vou postando uma por vez.
1ª história Mãe Dinhã de Maria do Carmo Galdeno
Mãe Dinhã era uma avó diferente, pele reluzindo tons de bronze, olhos cor da noite com brilho de estrelas. Lenço na cabeça prendendo os cabelos de nuvem. Andava com a elegância que os muitos anos lhe permitiam: Passos curtos de gemido acompanhados, mãos disponíveis nas dores e alegrias.
Era assim mãe Dinhã ! Durante o dia sempre algumas merendas, biscoito de polvilho, broas embrulhadas em folhas de bananeiras, coalhada, sementes de abóbora torradas, coquinhos e torrões de rapadura....
À noite debulhava história ao debulhar o milho, sabia cantigas de adormecer o medo do escuro, quantos segredos, mãe Dinhã conhecia? Limas murchas no baú para curar gripes que insistem, laranjas colhidas no pé preveniam qualquer mal estar que deixasse as crianças prostadinhas, chá de guaco para tosse comprida, folha de bálsamo esmagada para cortes que sangravam e raspões que ardiam, raspas de mandioca para as unhas arrancadas nas topadas. Uma cruz de palha testa parava qualquer soluço, um naco de papel grosso no céu da boca estancava o sangue que corria pelo nariz. Nenhuma dor, nenhum mal resistia aos seus bons tratos.
Mãe de todos, madrinha de muitos, mãe Dinhã tinha carinhos escondidos no bolso da saia, chispava olhares para as desobediências, ria sonoros risos da falta de jeito dos pequenos diante das novidades do mundo.
Inventava brinquedos de coisas não brincáveis de sabugos de milho fazia-se bois, chuchus tornavam-se diferentes bichos, pedrinhas para jogar cinco Marias, sementes achatadas, redondas e esvoaçantes eram diversões.
O mundo ficava encantado perto de uma avó assim, tinha firmeza de mãe misturadas com ternura de madrinha, e tinha mais, herança de mãe Tereza, trazida da África, herança de fortaleza, herança de alegria, herança de amor, herança de dores... e sobretudo aquele jeito de juntar crianças que netas não sendo, sempre seriam. Essa história foi contada por minha mãe sobre sua avó do coração.
Os griots são contadores de histórias que representam muito bem o povo africano, eles contam as histórias de seus antepassados para que se mantenham vivos os saberes acumulados de um povo, utilizam da oralidade para transmitir seus ensinamentos.
São quatro livros que reúnem histórias das gerações passadas dos povos africanos: suas vivências, lutas, questões pertinentes a identidade, etc.
Vou postando uma por vez.
1ª história Mãe Dinhã de Maria do Carmo Galdeno
Mãe Dinhã era uma avó diferente, pele reluzindo tons de bronze, olhos cor da noite com brilho de estrelas. Lenço na cabeça prendendo os cabelos de nuvem. Andava com a elegância que os muitos anos lhe permitiam: Passos curtos de gemido acompanhados, mãos disponíveis nas dores e alegrias.
Era assim mãe Dinhã ! Durante o dia sempre algumas merendas, biscoito de polvilho, broas embrulhadas em folhas de bananeiras, coalhada, sementes de abóbora torradas, coquinhos e torrões de rapadura....
À noite debulhava história ao debulhar o milho, sabia cantigas de adormecer o medo do escuro, quantos segredos, mãe Dinhã conhecia? Limas murchas no baú para curar gripes que insistem, laranjas colhidas no pé preveniam qualquer mal estar que deixasse as crianças prostadinhas, chá de guaco para tosse comprida, folha de bálsamo esmagada para cortes que sangravam e raspões que ardiam, raspas de mandioca para as unhas arrancadas nas topadas. Uma cruz de palha testa parava qualquer soluço, um naco de papel grosso no céu da boca estancava o sangue que corria pelo nariz. Nenhuma dor, nenhum mal resistia aos seus bons tratos.
Mãe de todos, madrinha de muitos, mãe Dinhã tinha carinhos escondidos no bolso da saia, chispava olhares para as desobediências, ria sonoros risos da falta de jeito dos pequenos diante das novidades do mundo.
Inventava brinquedos de coisas não brincáveis de sabugos de milho fazia-se bois, chuchus tornavam-se diferentes bichos, pedrinhas para jogar cinco Marias, sementes achatadas, redondas e esvoaçantes eram diversões.
O mundo ficava encantado perto de uma avó assim, tinha firmeza de mãe misturadas com ternura de madrinha, e tinha mais, herança de mãe Tereza, trazida da África, herança de fortaleza, herança de alegria, herança de amor, herança de dores... e sobretudo aquele jeito de juntar crianças que netas não sendo, sempre seriam. Essa história foi contada por minha mãe sobre sua avó do coração.
sábado, 17 de novembro de 2012
Literatura de Cordel alunos 5º ano Emeief Wandeir Ribeiro
Alunos preparando o painel para a apresentação do Projeto "Hístórias Aromas e Sabores" Literatura de Cordel.
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